O começo
Tudo começou em 1864, quando a São Paulo Railway Company, que ligava Santos a Jundiaí, declarou-se impossibilitada de prolongar seus trilhos até Campinas. Em 1867 um grupo de fazendeiros negociantes e capitalistas se reuniu com o Conselheiro Joaquim Saldanha Marinho, Presidente da Província de São Paulo e decidiu fundar a Companhia Paulista, para atender ao progresso da lavoura cafeeira. Sendo fundada em 16 de fevereiro de 1.867.
A construção
A construção da estrada foi iniciada em 1870 e, em 1872, circulava o trem inaugural. Com a chegada dos trilhos às margens do Rio Mogi Guaçu, foi criado o serviço de navegação fluvial entre Porto Ferreira e Pontal.
O primeiro trem de tração elétrica da América do Sul circulou nas suas linhas em julho de 1922.
Inauguração da Estação Ferroviária Original de Jundiaí - 1909
Mudança de combustível
Em 1916, quando houve as dificuldades em obter combustível por preço conveniente, a Diretoria da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, ordenou aos técnicos que examinassem a possibilidade de substituir a tração a vapor pela elétrica.
A tarefa de mudar não era fácil pois os engenheiros tinham pouco conhecimento sobre o assunto. Foi necessário recorrer à várias experiências: Americana e Europeia
Assim “aposentando” a velha Maria-fumaça, a base de lenha e carvão, por linhas e trens elétricos.
Locomotiva Maria Fumaça
Primeira Locomotiva Elétrica Brasileira fabricada pela
General Electric.
Porto Seco
Com as ferrovias o transporte de cargas com grandes quantidades eram mais fáceis.
Jundiaí tinha um grande porto seco onde eram executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem.
Era um centro importante, onde por lá passava várias cargas vindo de várias regiões, até que em 2011 foi cancelado este serviço. Aumentando o número de caminhões nas estradas e também o aumento do custo do frete para as empresas que utilizavam esse serviço.
Trens de carga e os contêineres onde ficava o antigo
porto seco
Ao fundo o antigo porto seco
Museu
Em 9 de março de 1979 foi fundado o Museu Ferroviário no Brasil, Irineu Evangelista de Sousa (Barão de Mauá) para ser um Centro de Referências, Preservação sobre os suportes materiais da memória e a história da ferrovia da cidade de Jundiaí. No entanto, após seu restauro, foi reaberto com novas bases museológicas, em 14 de maio de 1995, denominando-se Museu da Companhia Paulista.
Desta forma, o Museu retrata a cidade de Jundiaí como berço da ferrovia, visto que Cia. Paulista de estradas de ferro resultou como porta de entrada para o desenvolvimento social, econômico e político da cidade e de todo interior paulista.
Entrada do Museu Ferroviário
PASSAGENS IMPORTANTES DA HISTÓRIA DA CIDADE ATRAVÉS DA CIA. PAULISTA:
- 1º trem de tração elétrica da América do Sul em 1922;
- Institui a 1ª Previdência Social no Brasil em 1923, foi fundada a caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários;
- Integrou a 1ª direção de fundação do Gabinete de Leitura Rui Barbosa;
- Fundou a 1ª Diretoria do Paulista Futebol Clube;
- Fundou o Grêmio Recreativo dos empregados da Cia. Paulista;
- Escola Profissionalizante em 1901 para os próprios funcionários da Cia. Paulista, denominando-se SENAI em 1936;
- Criou o 1º Horto Florestal experimental em Jundiaí, nomeando o Engenheiro Agrônomo Edmundo Navarro de Andrade como 1º Diretor em 1903;
- Construiu o 1º núcleo de casas populares em Jundiaí para seus funcionários, existentes até hoje, próximo ao Cemitério Nossa Senhora do Desterro.
Período Imperial
A construção das ferrovias no período imperial foi criado para facilitar o transporte de produtos de regiões distantes com o transporte mais rápido e econômico.
Foi também nessa época que os imigrantes (a maioria de italianos) começaram a chegar na cidade e fincar suas raízes.
Estação Jundiaí
Estação em 1980
Estação em 2002
Estação Jundiaí em 2008
Estação ferroviária atualmente
Juliana Taisa de Souza,
Larissa G. Fernandes de Souza, Pamela Maria dos Santos - Alunos do 2º ano do Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino - Sob Orientação da Professora: Rosângela de Souza
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