quarta-feira, 11 de junho de 2014

Relatos de Vasco da Gama

A viagem de Vasco Da Gama
                        
asco da Gama é uma das figuras mais importantes da História da Humanidade, pois foi o protagonista da viagem que realizou o descobrimento do caminho marítimo entre a Europa e a Índia, iniciando assim uma nova era da História da Humanidade. Essa grande aventura foi a mais longa e a mais extensa viagem naval até então realizada.
Vasco da Gama foi um cavaleiro fidalgo nascido em Sines, talvez em 1466, no qual o rei D. Manuel depositava grande confiança por saber de sua capacidade de comando. Foi por esse motivo que o escolheu para dirigir um empreendimento tão ambicioso quanto difícil, pois tinha esperança de que ele e os seus homens pudessem concluir um processo histórico da maior importância, que tinha sido iniciado pelo Infante D. Henrique e continuado por D. João II. O descobrimento do caminho para as Índias iria iniciar uma nova e intensa fase da Expansão Portuguesa no Oceano Índico.
               
A armada de Vasco da Gama iniciou a viagem que viria a imortalizar o seu nome num sábado, 8 de Julho de 1497, depois de uma missa solene celebrada no Restelo: cerca de 150 homens da armada embarcaram em quatro navios, sendo duas naus, construídas especialmente para esta viagem: aSão Gabriel, capitaneada por Vasco da Gama, que tinha por piloto Pêro de Alenquer, e a São Rafael, cujo capitão era o seu irmão mais velho, Paulo da Gama, que levava o piloto João de Coimbra. Um terceiro navio, denominado Bérrio, talvez fosse uma caravela, e tinha por capitão Nicolau Coelho e por piloto Pêro Escolar. Havia ainda uma nau com um suprimento de mantimentos, capitaneada por Gonçalo Nunes.
                            
A armada passou pelas Canárias, deteve-se na ilha de Santiago, e em 3 de agosto iniciou uma larga volta pelo Atlântico Sul, para aproveitar de forma adequada o regime dos ventos. Esta parte da viagem demorou três meses e foi uma das mais difíceis. A rota a seguir não podia ir direto do arquipélago de Cabo Verde para o cabo da Boa Esperança, porque os navios de pano redondo ou retangular, como eram aqueles da armada de Vasco da Gama, tinham de ter ventos favoráveis para poderem progredir, já que não podiam bolinar como as caravelas de velas latinas ou triangulares. A armada, depois de deixar a África, dirigiu-se numa rota para sudoeste até quase as proximidades da costa brasileira, de forma que pudesse navegar com ventos de sueste do lado esquerdo.Seguiu sempre para sul, talvez até uma latitude de cerca de 20º Sul, rumando então para oriente, com o objetivo de passar o cabo da Boa Esperança.
                     
No dia 4 de novembro a armada atingiu a África do Sul e três dias depois chegou à angra de Santa Helena onde fez uma escala. Dobrou o cabo da Boa Esperança em 22 de novembro e a 25 deteve-se de novo na angra de São Brás, onde foi desmantelada a nau dos mantimentos.
No dia 20 de dezembro de 1497, Vasco da Gama ultrapassou o rio do Infante, limite da viagem de descobrimento realizada em 1488 por Bartolomeu Dias e começou a navegar por águas desconhecidas. A 25 de dezembro passou ao largo da costa sul africana do Natal,chegando à ilha de Moçambique a 1º de março de 1498. Lá, Vasco da Gama começou a enfrentar reações hostis por parte dos muçulmanos, as quais voltaram a repetir-se frente à cidade de Mombaça, no Quênia, onde chegou a 7 de abril.
Vasco da Gama, no decurso das suas explorações na África Oriental, procurava uma povoação amigável, onde pudesse encontrar cristãos, um piloto que orientasse a armada para chegar às Índias e as preciosas especiarias que buscava.
A armada ancorou em Melinde em 14 de abril e o rei desta povoação mostrou-se amigável com os portugueses, tendo-lhes fornecido um piloto indiano do Guzarate, que orientou a armada no desejado rumo da Índia. Depois de uma viagem de 23 dias, a 18 de maio de 1498 a costa do Malabar foi avistada e, em 21 de maio, os navios de Vasco da Gama foram ancorar ao largo de Calecut, que era então a mais importante cidade do litoral indiano.
                                         
O primeiro português que desembarcou em Calecut foi o degradado João Nunes, que se deparou com dois mouros de Tunes, conhecedores da língua castelhana, aos quais comunicou que o objetivo da viagem era encontrar "cristãos e especiarias". Com apenas duas palavras ele conseguiu traduzir os objetivos religiosos e econômicos que orientavam a Expansão Portuguesa. A armada foi depois conduzida para o mais seguro ancoradouro de Pandalayny, a norte de Calecut, que os portugueses denominaram Pandarane. As semanas seguintes passaram-se numa difícil missão diplomática e econômica numa Calecut onde os portugueses pensaram que os hindus que aí habitavam eram cristãos, admitindo que seria possível negociar com eles as especiarias, contra os interesses dos muçulmanos, que aí tinham muita influência.
                                
Vasco da Gama não conseguiu estabelecer uma feitoria em Calecut como era o seu desejo, mas ainda assim adquiriu especiarias e pedras preciosas e deixou abertas as portas para futuras negociações.
Em 29 de agosto de 1498, os homens de Vasco da Gama deixaram Calecut, rumando a norte, tendo explorado uma parte da costa da Índia. Em 24 de setembro chegavam à ilha de Angediva, ao sul de Goa, onde se prepararam para a viagem de regresso à Europa.
A 5 de outubro de 1498, a armada iniciou uma travessia muito penosa do Índico, pois não era essa a época indicada para fazer tal viagem. A deficiente alimentação provocou então a morte de dezenas de tripulantes com escorbuto. Só em 2 de janeiro de 1499 é que conseguiram chegar às proximidades de Mogadoxo, passando depois por Melinde, Zanzibar, Moçambique e a angra de São Brás.
 
Depois de chegar ao arquipélago de Cabo Verde, Vasco da Gama dirigiu-se aos Açores, onde veio a falecer o seu irmão Paulo da Gama. Devido a este desvio forçado do capitão-mor da armada, o primeiro navio que chegou à barra do Tejo a 8 ou 10 de julho de 1499, dois anos depois da sua partida, foi a Bérrio de Nicolau Coelho.
  
D. Manuel mostrou-se muito contente com os resultados auspiciosos da viagem, apesar de menos de metade da tripulação ter regressado. A partir de então uma nova rota passava a ligar a Europa à Ásia de forma regular, ampliando os horizontes da economia mundial e dando um golpe no domínio islâmico das rotas no Índico. O rei agraciou Vasco da Gama com uma boa renda de 300.000 reais, o tratamento de Dom, o cargo de Almirante da Índia e, em 1519, o título de Conde da Vidigueira.
Vasco da Gama deu provas de ser um homem enérgico, decidido e severo em questões de honra, autoridade e justiça, tendo justamente ficado para a posteridade como um símbolo da capacidade de realização de missões difíceis.
  
O Almirante voltou à Índia mais duas vezes: uma em 1502 à frente de uma importante armada; e outra em 1524, com o cargo de Vice-rei da Índia. O seu governo foi, contudo, muito curto, pois veio a falecer em Cochim na noite de 24 de dezembro de 1524, quando tinha 58 anos.

        

Trabalho produzido para a profª Rosangela de Souza pelos alunos Renan Castro Cervieri, José Miguel Bruit, Bruno Otaviano, Cícero, Valquiria, Douglas do 2ºB

Vasco da Gama

Introdução

Vasco da Gama nasceu provavelmente em 1460 ou 1468 ou ainda 1469, em Sines, na costa sudoeste de Portugal, possivelmente numa casa perto da Igreja de Nossa Senhora das Salvas de Sines.
Terceiro filho de dom Estêvão da Gama e Isabel Sodré, que pertenciam à nobreza de Portugal, Vasco da Gama foi inicialmente destinado à vida eclesiástica, mas preferiu trocá-la pela carreira militar e pela navegação.
http://www.historiadeportugal.info/historia-de-portugal/vasco-da-gama/vasco-da-gama%20(9).jpgNa verdade, pouco se sabe sobre a vida de Vasco da Gama antes de ser nomeado capitão-mor da frota que descobriria o caminho marítimo para as Índias. Aliás, a nomeação cabia a seu irmão mais velho, Paulo, que cedeu-lhe o lugar, contentando-se em comandar uma das embarcações da esquadra.
Tudo começou quando Manuel I de Portugal confiou a,Vasco da Gama, o cargo de capitão-mor da frota que, no dia 8 de Julho de 1497, zarpou de Belém em demanda da Índia.
Era uma expedição essencialmente exploratória, que levava cartas do rei D. Manuel I para os reinos a visitar, padrões para colocar, e que fora equipada por Bartolomeu Dias com alguns produtos que haviam provado ser úteis nas suas viagens, para as trocas com o comércio local.
Contava com cerca de cento e setenta homens, entre marinheiros, soldados e religiosos, distribuídos por quatro embarcações: São Gabriel, são Rafel,Bérrio e são Miguel, cada uma com uma carga diferente. Durante os anos seguintes, rico e poderoso, casou-se com dona Catarina de Ataíde, com quem teve sete filhos. Recebeu o título de Conde da Vidigueira. Em 9 de abril de 1524, a pedido de dom João 3º filho de dom Manuel, o rei que governara durante os descobrimentos da rota das Índias e do Brasil, Vasco da Gama empreendeu uma terceira viagem ao oriente, na qualidade de Vice-rei da Índia. Tinha como dever organizar a administração portuguesa e pôr fim aos abusos e desmandos dos fidalgos portugueses que cuidavam das feitorias.
A 8 de Julho de 1497 parte de Lisboa comandando a frota que irá descobrir o caminho marítimo para a Índia. A 18 de Novembro dobra o Cabo da Boa Esperança. A 20 de Maio de 1498 chega a Calecute onde, na Índia onde é recebido pelo Samorim (rei de Calecute). A 5 de Outubro inicia a viagem de regresso. Descobrindo assim o caminho marítimo para a Índia. Em 1499 é recebido triunfalmente. Em 1502/04 faz uma segunda viagem à Índia. Vingança contra o Samorim de Calecute. Faz aliança com os reis de Cochim e Cananor, onde instala feitorias. Chega a Lisboa com uma carga avultada de especiarias. Em 1524 faz uma terceira viagem à Índia, com o título de conde da Vidigueira e na qualidade de vice-rei. Tenta pôr fim aos excessos e abusos

Governou apenas três meses, mas logo contraiu uma doença infecciosa que o matou na véspera do natal daquele ano. Seu corpo foi transladado a Portugal e, atualmente, encontra-se enterrado no mosteiro dos Jerônimos, onde também se encontra os restos mortais de Camões, o poeta que imortalizaria em "Os Lusíadas" a primeira viagem de Vasco da Gama.
http://www.portaldoastronomo.org/images/autotemas/tema_129_1157376928_3052444.jpg

Relatos de Vasco da Gama



Trinta mil quilômetros, fome e terríveis doenças para buscar pimenta, cravo, gengibre e açafrão. Pode parecer uma receita salgada demais, mas valia a pena. Lucros de 21000% esperavam os portugueses que, nos séculos 15 e 16, se aventuravam a atravessar o mundo em busca de especiarias na Índia.
Além da miséria em alto-mar, eles penavam em terra, pois no Oriente eles não eram recebidos como semideuses, como aconteceu no Brasil. Na primeira viagem de Vasco da Gama a Calecute (hoje Calcutá), em 1498, sua tripulação teve que mendigar comida e por várias vezes foi espezinhazada pela corte indiana.
Em troca da pimenta, Vasco da Gama enviou à corte indiana quatro capuzes, seis chapéus, quatro ramos de coral, um fardo de bacias e quatro barris cheios de azeite e mel. A reação dos indianos, diante das quinquilharias que fariam a alegria dos nativos da América.
Os portugueses tentaram consertar a situação, enviando ao samorim uma imagem de Santa Maria. Diante do objeto, ele teria perguntado com desdém se a santa era feita de ouro. Único referencial que regulava o intenso comércio do oceano Índico, o metal era escasso aos portugueses.
Um massacre só não aconteceu porque os indianos não perceberam uma ameaça nos estranhos esfarrapados
Com uma boa conversa, muitas promessas e explorando as inimizades regionais, os portugueses conseguiram um acordo com líderes rivais do samorim para retornar a Lisboa levando especiarias.
Vasco da Gama retornou à Índia, em 1502, para acertar os acordos que fez. Logo ao chegar, enforcou 50 pescadores que encontrou nas redondezas. Mandou esquartejá-los, cortou seus pés e suas mãos, e enviou tudo ao samorim com uma carta que dizia ser aquele um presente que sinalizava o pagamento que faria por mais especiarias. Vasco da Gama conseguiu um acordo vantajoso que garantia o fornecimento de especiarias. E os portugueses passaram de mendigos dignos de pena a temíveis inimigos.

Contato com os povos e as terras



Em 7 de Dezembro fazem-se ao largo. A 25 alcançam região a que dão o nome de Natal. Enfrentam nova procela, falta-lhes a água potável. Mas a 11 de Janeiro de 1498 arribam a Terra que logo chamam da Boa Gente tão hospitaleiro se mostra o povo.
A 23 de Janeiro dobram a barra de um rio a que chamam dos Bons Sinais pois encontram mestiços de árabes entre a população, indício de que o Oriente já está próximo. O povo toma os portugueses por turcos, recebe-os de braços abertos. Vasco da Gama não tenta desfazer o equívoco e entretanto procura por cristãos pela cidade. Não os há.
Demoram trinta e dois dias a reparar as naves, a fazer comércio, amistosas são as relações. A meio da estadia os tripulantes sofrem surto de escorbuto. Paulo da Gama, o brando, é o comandante mais querido dos marinheiros, está sempre pronto a defendê-los contra as fúrias do Capitão-mor. Trata todos os doentes com desvelo mas não consegue evitar as muitas mortes
Vasco da Gama procura cristãos. Não os encontra, mas tanto quer encontrá-los que chega a confundir um templo indiano com uma igreja de Cristo. E novas do Prestes João continua a não haver.

Bibliografia



www.educacao.uol.com.br

www.sohistoria.com.br

Trabalho produzido para a profª Rosangela de Souza pelas alunas Amanda Andrade,

Jennifer Caroline, Kethilly Fernanda do 2ºA


Cartas de Américo Vespúcio



Essa imagem acima nos mostra o povo e a ilha descobertos pelo Rei Cristóvão de Portugal
Ou por seus súditos. Essas pessoas andam nuas, são bonitas e têm uma cor de pele.
Acastanhada, sendo bem construídas de corpo. Cabeças, pescoços, braços, vergonhas e.
Pés, tanto de homens quanto de mulheres, são enfeitados com penas. Os homens têm
Nau PortuguesaTambém no rosto e no peito muitas pedras preciosas. Ninguém é possuidor de coisa
Alguma, pois a propriedade é de todos. Os homens tomam por mulher a que mais
Lhes agrade, podendo ser sua mãe, irmã ou amiga, já fazem distinção. Guerreiam
Entre si e devoram uns aos outros, inclusive os que matam em combate, cujos corpos
Penduram para assar sobre fogueiras. Vivem 150 anos. E não possuem governo

...Vivem ao mesmo tempo sem rei e sem comando, e cada um é seu senhor de si mesmo.
Tomam tantas mulheres quantas querem: O fi lho copula com a mãe; o irmão, com a
Irmã; e o primo, com a prima; o transeunte e os que cruzam com ele. Quantas vezes
Querem, desfazem os casamentos, nos quais não observam nenhuma ordem. Além
do mais, não têm nenhum templo, não têm nenhuma lei, nem são idólatras. Que
mais direi? Vivem segundo a natureza e podem ser considerados antes epicuristas
do que estóicos. Entre eles não há mercadores nem comércio das coisas. Os povos
geram guerras entre si sem arte nem ordem. Os mais velhos, com certos discursos,
dobram os jovens para aquilo que querem e incitam para as guerras, nas quais matam
cruelmente e mutuamente. E, aqueles que conduzem cativos de guerra, conservam
não por causa da vida deles, mas para matá-los por causa de sua alimentação. Com
efeito, uns aos outros, os vencedores comem os vencidos.

Dentre as carnes, a humana é para eles alimento comum. Dessa coisa, na verdade,
fi cais certo, porque já se viu pai comer os fi lhos e a mulher. Conheci um homem,
com o qual falei, do qual se dizia ter comido mais de 300 corpos humanos. Também
estive 27 dias em certa cidade onde vi carne humana salgada suspensa nas vigas
das casas, como é de costume entre nós pendurar toucinho e carne suína. Digo mais:
eles se admiram de não comermos nossos inimigos e de não usarmos a carne deles
nos alimentos, a qual dizem, é saborosíssima. As armas deles são arcos e flechas. E,
quando se preparam para as guerras, não cobrem nenhuma parte do corpo para se
proteger, de modo que nisso são semelhantes a bestas...


Não comem uns aos outros, mas navegam em certos navios que possuem em que
chamam canoas e vão buscar a presa nas ilhas ou em terra de uma tribo sua inimiga,
ou de outra que não seja. Não comem nenhuma mulher, mas as conservam como
escravas. Disso temos certeza porque aconteceu muitas vezes, nos muitos lugares
onde encontramos tais gentes, vermos crânios de alguns homens que tinham comido,
e eles não negavam, sendo que isso diziam os seus próprios inimigos, que de contí-
nuo estavam com temor deles. São gentes de gentil compleição e de bela estatura;
andam nus completamente. As armas que carregam são arcos, fl echas e rodelas37.
São bastante resistentes e de grande coragem. São habilíssimos atiradores de setas...

Trabalho produzido para a profª Rosangela de Souza das alunas Priscila Vitória Brito da Silva, Caroline Campos, Thayane Franciele do 2°C